O Messias vive em Barcelona, é argentino, tem 22 anos mas aparenta 12. Não só de cara como na atitude em campo. Mas no bom sentido, não de imaturidade, mas de descontração. Não sente a pressão em nenhum jogo e parece encarar os adversários da mesma maneira que encarava os seus amigos nos jogos de bairro. E ultrapassa-os com a mesma facilidade.
Há ainda algum debate sobre quem é o melhor do mundo. Não tenho dúvidas, em 2008 foi Cristiano Ronaldo, mas em 2009 e até agora em 2010 é Messi. Não tendo lesões (que o apoquentaram durante os primeiros anos de carreira), e mantendo o nível durante os próximos anos, pode ser apontado como o melhor jogador de sempre (apesar de ser sempre ingrato comparar jogadores e épocas).
Aquilo que faz é aquilo que viamos Ronaldo (o Fenómeno) fazer até às lesões, e desde aí mais ninguém impressionou tanto pela facilidade de resolver as partidas. Tudo bem, houve Zidane e também Ronaldinho, mas acho que nenhum deles chegou a ser tão constantemente decisivo e espetacular como era o avançado brasileiro pré-lesões e agora Messi.
O curioso é que segundo o próprio nem sequer gosta muito de ver futebol. É pena, pois deveria gravar os seus jogos e poder deliciar-se com aquilo que faz.
Uma imagem curiosa no final do jogo contra o Arsenal (que também já tinha acontecido num dos hat-tricks que fez esta época) foi ver o Messi com um sorriso de orelha a orelha agarrado à bola de jogo. Parecia mesmo um puto que tinha recebido o melhor presente possível. O interessante é que foi ele quem deu um enorme regalo aos amantes do futebol.
Uma nota interessante, Messi é o 7º jogador a fazer um poker na competição máxima de clubes a nível europeu. Aqui fica a lista dos outros 6:
Ferenc Puskas (1960): Real Madrid – Frankfurt, 7-3
Marco Van Basten (1992): Milan-IFK Goteborg, 4-0
Simone Inzaghi (2000): Lazio-Marselha, 5-1
Dado Prso (2003): Mónaco-Deportivo, 8-3
Ruud van Nistelrooy (2004): Manchester United-Sparta Prague, 4-1
Andrei Shevchenko (2005): Fenerbahçe-Milan, 0-4
P.S. Afinal a lista não é de todo correcta. Acabei de ler no El Mundo que o Kocsis também marcou 4 golos nos anos 50 e n'A Bola que o Yuran tinha feito também um poker na 1ª edição da Champions, na eliminatória contra o Hamrun Spartans (já nem me lembrava deste jogo). Na volta ainda aparecem mais uns quantos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário