Ao fim de 45 anos de espera, o Inter de Milão voltou a ser rei da Europa. Dois nomes destacaram nesta final: Milito e Mourinho. O primeiro pelos dois excelentes golos que marcou (fez também duas assistências desaproveitadas pelos seus companheiros). O português pela novela que está a ser a sua saída para o Real Madrid. Se era praticamente certo antes do jogo que a mudança de clube irá existir, ao conseguir vencer a final, Mourinho conseguiu mais um argumento de saída (para além do "estou farto de Itália"): já ganhou tudo e conseguiu até imitar Guardiola ao conquistar um triplete (taça, campeonato e champions).
O Inter de Milão muitas vezes é "acusado" de não ser uma equipa realmente italiana, porque há poucos italianos no plantel e na maioria das vezes nenhum no onze titular. Mas o facto é que está apenas a respeitar o seu nome e a razão da sua fundação. Em 1908, alguns dissidentes do actual AC Milan, juntam-se para criar um clube que aceitasse estrangeiros, ao contrário do que acontecia com o rival. Daí o nome "Internazionale".
Mourinho faz neste momento parte de um restrito número (3) de treinadores que foram campeões europeus por 2 clubes diferentes. Provavelmente em breve será o único a ganhar por 3 clubes diferentes. É já um dos melhores treinadores de sempre, mas tal como Messi, caminha para ser o melhor de sempre.
A final de sábado teve pouca história, sobretudo na 1ª parte. O Inter controlou sem bola, como é típico do futebol italiano e esperou os contra ataques para tentar marcar. Houve um lance em que o Bayern poderia ter empatado, no início da 2ª parte, mas Julio César mostrou porque é um dos melhores guarda redes do Mundo.
Em Milão foi a locura e a festa durou até ao amanhecer. Às 6h da manhã, 50 mil tiffosi esperavam os novos campeões europeus no Estádio Giuseppe Meazza. O herói de Barnabéu (Milito) estava lá, mas o herói que vai mudar-se para o Madrid provavelmente estaria em sua casa, a descansar e não se despediu dos seus adeptos.
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